segunda-feira, 23 de julho de 2012

O medo é a negação do amor!

E aqui estou eu, mais uma vez frente a frente com o notebook tentando deixar as palavras voarem da minha caixinha surpresa. Mas aí vem o medo de me expressar, medo de publicar bobagens, medo de textos péssimos e desinteressantes, medo, medo, medo, e assim sigo negando meu amor. É, um amor que lembro exatamente quando veio a tona, porque sempre gostei mas não entendia, num dia absolutamente normal numa aula de português totalmente monótona e nostálgica em que um professor brilhante, talvez o mais sensacional deles, começou a descrever fatos da sua juventude em que ele se encontrava com renomados autores brasileiros e citava livros e mais livros, e eu lembro de ter ficado encantada,  lembro de pela primeira vez amar e esperar ansiosamente pela aula de português como fazia com as de matemática, para ouvir dicas e mais dicas de como ler e absorver aquelas histórias maravilhosas que ficam escondidas dentro de milhares de livros abandonados em imensas estantes. Nesse dia depois da aula timidamente pedi que me indicasse um livro, ele me deu uma resposta que julguei simplesmente brilhante: o livro pouco importa minha querida, leitura antes de ser um hábito é um dom, entre na biblioteca e pegue o primeiro que lhe chamar atenção pois cada livro tem um mundo inteiro guardado ali, e se realmente você tiver esse dom ele lhe será o mais interessante deles, não pelo conteúdo mas mais pelo prazer que a leitura nos proporciona. E assim eu o fiz, não me recordo do titulo, mas ele tinha uma capa rosa discreta, me pareceu bem propício a quem ainda estava descobrindo coisas. E ali explodiu essa minha paixão pela leitura. Comecei a devorar livros sem estilo predefinido, lia vários me inundei de informação e viagens imaginárias. E hoje eu agradeço a esse meu professor da 8ª série que nem imagina o bem que me causou, Ariovaldo, esse é o nome dele, uma das pessoas mais inteligentes e cultas que tive o prazer de conhecer, e foi ele também que me deu a minha primeira e única recuperação, mas isso foi por uma arte coletiva em sala, que outro dia posso contar aqui, aliás meu baú de risadas é sem fim, e que assim o seja até meu ultimo dia de vida.
E agora venho por meio deste simples blog expor meu amor pela escrita. Francamente não tenho muita certeza do que estou fazendo, a certeza que tenho é que é maravilhosa a sensação de ter a coragem de escrever isso, e se eu não publicar esse texto ele será mais um perdido entre tantos que já se perderam, mas  decide que chega de negações. Eu quero a liberdade que tanto me admira nos livros e melhor dizendo nos autores, eu quero a critica sobre tudo que escrevo, penso e falo, mas eu tenho medo de querer tudo e querer nada. E assim afirmo à flor da pele que o medo é sim a negação do amor. Deixemos os medos de lado, vamos nos permitir ao que é simples e puro nessa vida. 

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